Quantos caminhos ainda temos que cruzar?
Para que nossos caminhos voltem a se cruzar?
E esperar por tudo, desde que não me prometa nada.
E esperar por nada, desde que se faça tudo!
Nem sempre, intuitivamente, trilho os meus caminhos,
Sem eira e nem beira.
Sigo o sol,
Sigo a lua,
Sigo o fogo, a água, a terra e o ar.
Porque sinto o sol,
Sinto a lua,
Sinto o fogo, a água terra e o ar.
Talvez, eu não precise me guiar,
Nem buscar.
Pois, assim, ela vem
Sozinha,
Porque sabe o caminho
Enquanto isso,
Ficarei com o papel e a caneta na mão
Esperando por ela:
A minha inspiração.
Leandro Magrani
Que sejam bem-vindos aqueles que apreciam poesia! Certa madrugada, encontravam-se quatro amigos discutindo literatura e expondo os seus pensamentos nada ébrios! Eis que pretensiosamente surge a ideia de que o pequeno, porém fervoroso, grupo expusesse seus devaneios concretos! E assim, nascia A Boca Que Pariu! Dedicado à Isabel Jerônimo, Adriano Fecher e o saudoso, mas sempre presente, José Marcos. Estamos na Rede! “O prazer engravida, mas só a dor faz parir.” Ruben Alves
Entre e descubra-nos!
"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Tempos Verbais
Em algum lugar do passado
Ficou um sorriso
Em algum lugar do passado
Ficou uma lágrima
Em algum lugar do passado
Ficou um amor
Em algum lugar do passado
Ficou uma dor
Neste momento
Estou aqui
No meu lugar
Neste momento
Estou aqui
No meu canto
Neste momento
Estás aí
No teu lugar
Neste momento
Estás aí
No teu canto
E quando penso em algum lugar do futuro
Sinto vontade de tomar café
Sinto o cheiro
Sinto o aroma
Sinto o calor
Sinto isso em algum lugar do futuro.
Leandro Magrani
Ficou um sorriso
Em algum lugar do passado
Ficou uma lágrima
Em algum lugar do passado
Ficou um amor
Em algum lugar do passado
Ficou uma dor
Neste momento
Estou aqui
No meu lugar
Neste momento
Estou aqui
No meu canto
Neste momento
Estás aí
No teu lugar
Neste momento
Estás aí
No teu canto
E quando penso em algum lugar do futuro
Sinto vontade de tomar café
Sinto o cheiro
Sinto o aroma
Sinto o calor
Sinto isso em algum lugar do futuro.
Leandro Magrani
domingo, 26 de junho de 2011
Quando as palavras envelhecem...
Dizemos milhares de palavras,
Inventamos e reinventamos outras mais.
Há algumas que se mantém firmes,
Outras não servem nem para ser escritas.
Há palavrinhas e também há palavrões,
Há palavrinha que é palavrão.
E existem palavras que perdem o seu sentido
Até mesmo diante do sem sentido,
Ou do que não se sente mais como outrora
Mas no fundo, por baixo da poeira,
Por trás dos livros novos,
Certas palavras continuam vivas,
Mesmo que adormecidas
Esperando apenas por alguém que as fale
E alguém que as ouça
Para que os seus sentidos sejam sentidos.
As palavras não envelhecem,
Nós envelhecemos
Mas não envelhecemos os sentidos
E os sentimentos dentro de nós.
Leandro Magrani.
Inventamos e reinventamos outras mais.
Há algumas que se mantém firmes,
Outras não servem nem para ser escritas.
Há palavrinhas e também há palavrões,
Há palavrinha que é palavrão.
E existem palavras que perdem o seu sentido
Até mesmo diante do sem sentido,
Ou do que não se sente mais como outrora
Mas no fundo, por baixo da poeira,
Por trás dos livros novos,
Certas palavras continuam vivas,
Mesmo que adormecidas
Esperando apenas por alguém que as fale
E alguém que as ouça
Para que os seus sentidos sejam sentidos.
As palavras não envelhecem,
Nós envelhecemos
Mas não envelhecemos os sentidos
E os sentimentos dentro de nós.
Leandro Magrani.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
No Aguardo
Tenho trabalhado tanto
Tenho feito pouco
Tenho perdido menos
Tenho criado mais
Tenho jogado nada
Tenho em jogo tudo
Tenho me jogado menos
Não tenho jogado mais
Tenho me guardado
Tenho guardado pouco
Tenho te guardado
Tenho te aguardado
Ter ou não ter?
Será essa a questão?
Leandro Magrani
Tenho feito pouco
Tenho perdido menos
Tenho criado mais
Tenho jogado nada
Tenho em jogo tudo
Tenho me jogado menos
Não tenho jogado mais
Tenho me guardado
Tenho guardado pouco
Tenho te guardado
Tenho te aguardado
Ter ou não ter?
Será essa a questão?
Leandro Magrani
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Sou um homem da madrugada, e daí?
Pois é na madrugada que eu me encontro
Com os meus pensamentos,
Planos, sonhos, vontades e saudades que,
Friamente, são apagados com a claridade do dia!
Tenho, sim, o gosto pelo sereno,
Pelo cheiro das damas da noite,
Pelo friozinho que queima o rosto,
Pelo silêncio barulhento que a noite me traz.
Troco o dia pela noite.
Troco a noite pelo dia.
Quase todas as noites.
Quase todos os dias.
“Boêmia, aqui, me dês um ingresso?”
Acho que não é muito o que peço.
Apenas um último ingresso,
Uma última dose,
Um último riso,
Só riso,
Ou sorrisos!
Pois quero amanhecer e pensar que
Mesmo que a vida tenha sido curta,
As noites foram longas!
Longas demais para um simples amanhecer!
Leandro Magrani
Com os meus pensamentos,
Planos, sonhos, vontades e saudades que,
Friamente, são apagados com a claridade do dia!
Tenho, sim, o gosto pelo sereno,
Pelo cheiro das damas da noite,
Pelo friozinho que queima o rosto,
Pelo silêncio barulhento que a noite me traz.
Troco o dia pela noite.
Troco a noite pelo dia.
Quase todas as noites.
Quase todos os dias.
“Boêmia, aqui, me dês um ingresso?”
Acho que não é muito o que peço.
Apenas um último ingresso,
Uma última dose,
Um último riso,
Só riso,
Ou sorrisos!
Pois quero amanhecer e pensar que
Mesmo que a vida tenha sido curta,
As noites foram longas!
Longas demais para um simples amanhecer!
Leandro Magrani
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