Atrás dos óculos
Fazendo pose
Auto suficiente
Estou eu.
Escondendo-me
Com minha capa
De heroi em ruínas
Estou eu.
Entre sorrisos e risos
Atitudes em altitudes
Do alto para a queda
Estou eu.
Negando a realidade
De não superar
A pedra radioativa
Estou eu.
Só esperando
Superar quem supere
Ou quem me supra:
Super eu!
Leandro Magrani
Que sejam bem-vindos aqueles que apreciam poesia! Certa madrugada, encontravam-se quatro amigos discutindo literatura e expondo os seus pensamentos nada ébrios! Eis que pretensiosamente surge a ideia de que o pequeno, porém fervoroso, grupo expusesse seus devaneios concretos! E assim, nascia A Boca Que Pariu! Dedicado à Isabel Jerônimo, Adriano Fecher e o saudoso, mas sempre presente, José Marcos. Estamos na Rede! “O prazer engravida, mas só a dor faz parir.” Ruben Alves
Entre e descubra-nos!
"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Na ponta do pé
São as sapatilhas da bailarina
Mágicas que a fazem bailar
Como leve pluma branca
Solta em saltos pelo ar?
São os pés da bailarina,
Pernas soltas pelo ar
Em saltos soltos
Piruetas a cirandar?
São as mãos da bailarina
Estrelas querendo pegar
De planeta em planeta
Em cometas a viajar?
São os laços da bailarina
Em seus cabelos a amarrar
Cachos e cachoeiras
Fios de ouro a brilhar?
São os véus da bailarina
Nos céus a flutuar
Cores caras, raras flores
Num mundo a desvendar?
É a bailarina menina
Em danças de criança
Na ponta do pé
A me encantar.
Leandro Magrani
Mágicas que a fazem bailar
Como leve pluma branca
Solta em saltos pelo ar?
São os pés da bailarina,
Pernas soltas pelo ar
Em saltos soltos
Piruetas a cirandar?
São as mãos da bailarina
Estrelas querendo pegar
De planeta em planeta
Em cometas a viajar?
São os laços da bailarina
Em seus cabelos a amarrar
Cachos e cachoeiras
Fios de ouro a brilhar?
São os véus da bailarina
Nos céus a flutuar
Cores caras, raras flores
Num mundo a desvendar?
É a bailarina menina
Em danças de criança
Na ponta do pé
A me encantar.
Leandro Magrani
A Teoria da Verdade
E eles me chamam poeta;
Eu que sou um nada nobre
Vagabundo sem meta,
Sem reta, sem diretriz.
Ator, atormentado,
Com a mentira,
Que é verdade,
A um palmo do nariz.
E eles me chamam poeta;
Um bêbado sem medo
Revelador de segredos
Que em cada gole se vai.
De caráter próprio,
Com o princípio exato,
Faço da bebida que entra
A verdade que sai.
Leandro Magrani
Eu que sou um nada nobre
Vagabundo sem meta,
Sem reta, sem diretriz.
Ator, atormentado,
Com a mentira,
Que é verdade,
A um palmo do nariz.
E eles me chamam poeta;
Um bêbado sem medo
Revelador de segredos
Que em cada gole se vai.
De caráter próprio,
Com o princípio exato,
Faço da bebida que entra
A verdade que sai.
Leandro Magrani
A tempo
Não sois vós aquela
Menina de outrora,
Agora sois uma vovó,
Uma senhora:
Senhora sem horas.
E o tempo descabido,
Que no cabide ficou,
Coube ou cabe de baixo
Dos teus alvos fios,
Em teias tecendo o tecido
Que foi tecido
Pelo tempo que passou.
Leandro Magrani.
Um beijo para a minha mamãe!
Menina de outrora,
Agora sois uma vovó,
Uma senhora:
Senhora sem horas.
E o tempo descabido,
Que no cabide ficou,
Coube ou cabe de baixo
Dos teus alvos fios,
Em teias tecendo o tecido
Que foi tecido
Pelo tempo que passou.
Leandro Magrani.
Um beijo para a minha mamãe!
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Perdidos na noite
E mais uma vez,
Cá estamos nós!
Entrelaçados, entre nós
E sem laços entre nós!
Será alguma doença do coração
Que faz a mente se perder
Em desequilíbrio
Por excesso de emoção?
Ou por não saber a medida
da desmedida contenção?
Leandro Magrani
Cá estamos nós!
Entrelaçados, entre nós
E sem laços entre nós!
Será alguma doença do coração
Que faz a mente se perder
Em desequilíbrio
Por excesso de emoção?
Ou por não saber a medida
da desmedida contenção?
Leandro Magrani
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Esperando pela chuva
Eu achei que não me machucaria mais, achei que não me machucariam, pois já o tinham feito antes.
Não nego as minhas marcas e as minhas cicatrizes, mas com as feridas secas e depois das cascas grossas veio a pele nova - ainda sensível -, mas que foi cuidada para quaisquer possíveis feridas e tão bem cuidada que, mesmo marcada, eu acreditei que não mais sentiria dor.
Por ingenuidade, por acreditar demais ou simplesmente por ser um bêbado com alma de poeta ou, como é para muitos, um poeta com espírito de bêbado, acabei reencontrando uma imagem do passado: branco e com os olhos fundos diante do espelho, olhos estes que tiveram a sua fundura mais acentuada devido a uma certa vermelhidão causada pela irritação das minhas cachoeiras lacrimais.
E nessa madrugada, ouço o chacoalhar da poeira daquilo que um dia viveu em mim.
Quem sabe, quando a chuva vier, virarei lama e da lama ao barro eu poderei recriar uma vaso novo!
Leandro Magrani
Não nego as minhas marcas e as minhas cicatrizes, mas com as feridas secas e depois das cascas grossas veio a pele nova - ainda sensível -, mas que foi cuidada para quaisquer possíveis feridas e tão bem cuidada que, mesmo marcada, eu acreditei que não mais sentiria dor.
Por ingenuidade, por acreditar demais ou simplesmente por ser um bêbado com alma de poeta ou, como é para muitos, um poeta com espírito de bêbado, acabei reencontrando uma imagem do passado: branco e com os olhos fundos diante do espelho, olhos estes que tiveram a sua fundura mais acentuada devido a uma certa vermelhidão causada pela irritação das minhas cachoeiras lacrimais.
E nessa madrugada, ouço o chacoalhar da poeira daquilo que um dia viveu em mim.
Quem sabe, quando a chuva vier, virarei lama e da lama ao barro eu poderei recriar uma vaso novo!
Leandro Magrani
Caindo para o alto
As dúvidas, temos
As incertezas, temos
A fé, temos
E
À queda, temo!
Leandro Magrani
As incertezas, temos
A fé, temos
E
À queda, temo!
Leandro Magrani
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