Sim, eu sou amargo!
Não gosto do dia,
Não vejo nada demais nas praias,
Céu azul não me inspira,
Animaizinhos não me trazem felicidade,
Nem sorrisos de bebês me trazem calmaria.
Sinto mesmo uma estranheza porque vejo muitos como eu,
Mas não tão como eu,
Pois se escondem atrás dessa falsa alegria
Que a sociedade nos impõe;
Fingindo ser dia toda a noite
E esticando a noite ao raiar o dia.
Seria eu tão amargo quanto o meu café?
Ou o que sobrou foi a falta de fé?
Essa fé que borra meu coração
Essa borra que suja a imensidão
Que borra é essa?
Que fé essa?
Que faz de mim tão amargo quanto o meu café!
João Venérius
Que sejam bem-vindos aqueles que apreciam poesia! Certa madrugada, encontravam-se quatro amigos discutindo literatura e expondo os seus pensamentos nada ébrios! Eis que pretensiosamente surge a ideia de que o pequeno, porém fervoroso, grupo expusesse seus devaneios concretos! E assim, nascia A Boca Que Pariu! Dedicado à Isabel Jerônimo, Adriano Fecher e o saudoso, mas sempre presente, José Marcos. Estamos na Rede! “O prazer engravida, mas só a dor faz parir.” Ruben Alves
Entre e descubra-nos!
"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli
segunda-feira, 18 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Eu não sou, eu faço a careta!
Eu não sou um cara careta! Nem de longe tal predicativo pode ser atribuída ao sujeito que sou, mas ao refletir que dentro em breve serei um garoto de quase 30 anos, conclui que essas quase três décadas foram muito intensas e de constantes mudanças.
Eu mudei, minha família mudou, meus amigos mudaram, pessoas que passaram pela minha vida mudaram, enfim o meu mundo mudou, o mundo mudou.
É muita mudança para pouco tempo!
E depois dos encontros que tive com os erros e acertos que a vida me proporcionou, chego a me perguntar se estou virando um cara careta, pois não consigo enquadrar meus pensamentos em certas realidades que me circundam.
Não gosto das músicas de hoje, não gosto da moda de hoje, não gosto dos ambientes de hoje e sinceramente nem gosto das pessoas de hoje! Sinto falta do ontem - saudades mesmo!
Tempo em que beber escondido e tocar violão na praça era um puta divertimento, andar pela madrugada e sentir o sereno era o auge da liberdade, fumar uns cigarros e mascar chiclete como auto-afirmação sem fazer mal a ninguém além de a si mesmo era meio de ser rebelde, ter que falar com alguém e ir à casa da pessoa (sem apelar pelas distanciosas redes sociais), ouvir Legião Urbana, ter blusa amarrada na cintura e sonhar com um fantasioso mundo melhor.
Só que ao me aproximar na idade que Balzac discutiu em seu livro, e só vejo o desgosto do mau gosto, pois a minha geração não teve ideologia, mas tínhamos ideias e no mínimo pensávamos! Tenho pena dos que estão aí e medo dos que estão por vir!
Enquanto meninas de dez anos compram sutiãs, ouvem o (estrago que fizeram com o) funk e dançam até o chão se firmando com as novas putas velhas da próxima década e os meninos viciados em anabolizantes, coca e cola, (foda-se o imperialismo, seria melhor se fosse Coca-Cola) vivem a ver o mundo como um açougue sempre brigando pela coxa e ficando contra a coxa, o declínio decadente da sociedade aumenta cada vez mais. Nada contra a putaria, muito menos contra putas, mas a infantilização do ato e classe e tão repugnante quanto os novos machos que não são homens, pois não são nada além de meninas e meninos.
Eu quero rebeldia mesmo que sem causa, mas rebeldia sem calça? Deixemos a putaria para quatro paredes!
Não quero me ver careta, quero fazer careta para essa realidade; careta de nojo, com língua para fora e com direito a um bom e velho “eca”!
Leandro Magrani
Eu mudei, minha família mudou, meus amigos mudaram, pessoas que passaram pela minha vida mudaram, enfim o meu mundo mudou, o mundo mudou.
É muita mudança para pouco tempo!
E depois dos encontros que tive com os erros e acertos que a vida me proporcionou, chego a me perguntar se estou virando um cara careta, pois não consigo enquadrar meus pensamentos em certas realidades que me circundam.
Não gosto das músicas de hoje, não gosto da moda de hoje, não gosto dos ambientes de hoje e sinceramente nem gosto das pessoas de hoje! Sinto falta do ontem - saudades mesmo!
Tempo em que beber escondido e tocar violão na praça era um puta divertimento, andar pela madrugada e sentir o sereno era o auge da liberdade, fumar uns cigarros e mascar chiclete como auto-afirmação sem fazer mal a ninguém além de a si mesmo era meio de ser rebelde, ter que falar com alguém e ir à casa da pessoa (sem apelar pelas distanciosas redes sociais), ouvir Legião Urbana, ter blusa amarrada na cintura e sonhar com um fantasioso mundo melhor.
Só que ao me aproximar na idade que Balzac discutiu em seu livro, e só vejo o desgosto do mau gosto, pois a minha geração não teve ideologia, mas tínhamos ideias e no mínimo pensávamos! Tenho pena dos que estão aí e medo dos que estão por vir!
Enquanto meninas de dez anos compram sutiãs, ouvem o (estrago que fizeram com o) funk e dançam até o chão se firmando com as novas putas velhas da próxima década e os meninos viciados em anabolizantes, coca e cola, (foda-se o imperialismo, seria melhor se fosse Coca-Cola) vivem a ver o mundo como um açougue sempre brigando pela coxa e ficando contra a coxa, o declínio decadente da sociedade aumenta cada vez mais. Nada contra a putaria, muito menos contra putas, mas a infantilização do ato e classe e tão repugnante quanto os novos machos que não são homens, pois não são nada além de meninas e meninos.
Eu quero rebeldia mesmo que sem causa, mas rebeldia sem calça? Deixemos a putaria para quatro paredes!
Não quero me ver careta, quero fazer careta para essa realidade; careta de nojo, com língua para fora e com direito a um bom e velho “eca”!
Leandro Magrani
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Um parágrafo e um desabafo!
Não acredito em certas coisas; Não acredito que as pessoas mudem. Muito menos que, se mudarem, mantenham a sua essência! Esse papo furado de essência é só a inflamação encoberta por uma casca e que uma hora ou outra é expelida sem ao menos precisar de um aperto. Ou não, pois é apertando certas pontas de verdade que vemos a secreção, na cortina de fumaça que a falsidade de certos (pseudos) puritanismos, marianismos, moralismos e cristalizações em falas e falsos discursos, que esconde o podre caráter descaracterizado, fingido ser o que o ser nunca será!
Leandro Magrani
Leandro Magrani
domingo, 10 de abril de 2011
O canto de Sirena
Vindo da cortina de neblina
Que madrugada costurou,
Entre uns fechos de luz
E a mais serena escuridão
Só se ouvia o canto virginal
Daquela que tornou-se tentação.
Hipnotiza os meus sentidos
Sequestra os meus pensamentos
Rouba a minha atenção.
Vindo da brisa e da tempestade
Que a madrugada desenhou,
Entre a terra e o mar
Com a boca sedenta a salivar
Pela virginal tentação que ela cantou.
E pelo canto de Sirena encontro-me perdido!
Canta,
Veludamente,
Canta.
Leandro Magrani
Que madrugada costurou,
Entre uns fechos de luz
E a mais serena escuridão
Só se ouvia o canto virginal
Daquela que tornou-se tentação.
Hipnotiza os meus sentidos
Sequestra os meus pensamentos
Rouba a minha atenção.
Vindo da brisa e da tempestade
Que a madrugada desenhou,
Entre a terra e o mar
Com a boca sedenta a salivar
Pela virginal tentação que ela cantou.
E pelo canto de Sirena encontro-me perdido!
Canta,
Veludamente,
Canta.
Leandro Magrani
sexta-feira, 8 de abril de 2011
É só chegar
Se você quiser ficar mais próximo, é só você se aproximar
Se você quiser sentir, é só se permitir
Se você quiser gostar, bastar começar
Estique as pernas, olhe para frente
Sinta o frio dessa noite quente
Bata um pouco da poeira
Tire a ferrugem que te cobre
Dê corda ao seu coração
Transforme-o em nobre
Enobreça-se
Aproxime-se
Sinta-se
Se sinta
Se
Sinta
Se você chegar
Se quiser tentar
É só chegar!
Leandro Magrani
Se você quiser sentir, é só se permitir
Se você quiser gostar, bastar começar
Estique as pernas, olhe para frente
Sinta o frio dessa noite quente
Bata um pouco da poeira
Tire a ferrugem que te cobre
Dê corda ao seu coração
Transforme-o em nobre
Enobreça-se
Aproxime-se
Sinta-se
Se sinta
Se
Sinta
Se você chegar
Se quiser tentar
É só chegar!
Leandro Magrani
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