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"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli



terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu não sou, eu faço a careta!

Eu não sou um cara careta! Nem de longe tal predicativo pode ser atribuída ao sujeito que sou, mas ao refletir que dentro em breve serei um garoto de quase 30 anos, conclui que essas quase três décadas foram muito intensas e de constantes mudanças.
Eu mudei, minha família mudou, meus amigos mudaram, pessoas que passaram pela minha vida mudaram, enfim o meu mundo mudou, o mundo mudou.
É muita mudança para pouco tempo!
E depois dos encontros que tive com os erros e acertos que a vida me proporcionou, chego a me perguntar se estou virando um cara careta, pois não consigo enquadrar meus pensamentos em certas realidades que me circundam.
Não gosto das músicas de hoje, não gosto da moda de hoje, não gosto dos ambientes de hoje e sinceramente nem gosto das pessoas de hoje! Sinto falta do ontem - saudades mesmo!
Tempo em que beber escondido e tocar violão na praça era um puta divertimento, andar pela madrugada e sentir o sereno era o auge da liberdade, fumar uns cigarros e mascar chiclete como auto-afirmação sem fazer mal a ninguém além de a si mesmo era meio de ser rebelde, ter que falar com alguém e ir à casa da pessoa (sem apelar pelas distanciosas redes sociais), ouvir Legião Urbana, ter blusa amarrada na cintura e sonhar com um fantasioso mundo melhor.
Só que ao me aproximar na idade que Balzac discutiu em seu livro, e só vejo o desgosto do mau gosto, pois a minha geração não teve ideologia, mas tínhamos ideias e no mínimo pensávamos! Tenho pena dos que estão aí e medo dos que estão por vir!
Enquanto meninas de dez anos compram sutiãs, ouvem o (estrago que fizeram com o) funk e dançam até o chão se firmando com as novas putas velhas da próxima década e os meninos viciados em anabolizantes, coca e cola, (foda-se o imperialismo, seria melhor se fosse Coca-Cola) vivem a ver o mundo como um açougue sempre brigando pela coxa e ficando contra a coxa, o declínio decadente da sociedade aumenta cada vez mais. Nada contra a putaria, muito menos contra putas, mas a infantilização do ato e classe e tão repugnante quanto os novos machos que não são homens, pois não são nada além de meninas e meninos.
Eu quero rebeldia mesmo que sem causa, mas rebeldia sem calça? Deixemos a putaria para quatro paredes!
Não quero me ver careta, quero fazer careta para essa realidade; careta de nojo, com língua para fora e com direito a um bom e velho “eca”!


Leandro Magrani

Um comentário:

Anônimo disse...

Engraçado que ainda faltam 5 anos para chegar aos 30(rs), mas me identifiquei com muitas coisas.

Você é o CARA!

ja te disse isso???
Beijos

Catierine