Entre e descubra-nos!

"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uma noite em Londres

E numa noite estranha
Sem poesia
A minha madrugada virou dia

E numa noite estranha
Fez-se triste
A minha casa vazia

E numa noite estranha
Fez-se chorosa
A madrugada fria


Leandro Magrani

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Reflexos

Reflexos

Da sacada, do meu quarto eu vejo a lua
E na lua, eu vejo o reflexo dela
Que passeia em frente ao mar

Em frente ao mar, ela vê lua
E na lua, ela vê o meu reflexo a acenar
Enquanto vejo o reflexo dela em frente ao mar


Leandro Magrani

domingo, 6 de novembro de 2011

Metamorfose Existencial

Sozinho, andei por alguns lugares,
Passei por pessoas e rostos conhecidos
E percebi que não conheço as pessoas.

Ao voltar, olhei-me no espelho
E vi um rosto que era para ser conhecido,
Pois eu via o rosto, sempre o vi,
Mas não o reconheci.

Comecei a questionar,
A me questionar
O que realmente tenho que buscar.

Tive sonhos e planos;
Antes eu não dormia
Porque tinha vontade de abraçar o mundo,
Hoje, tenho vontade de ficar no meu casulo.

Com isso, concluo que vou ficar no meu casulo
Até a hora certa sair, de chegar e ficar,
E, quiça, voar para bem longe, longe, lon...ge.

Leandro Magrani




PS: hoje eu precisei de um abraço.

sábado, 5 de novembro de 2011

Ciranda

Antes era o medo
Agora é à vontade
Antes era a sombra
Agora é a verdade

Antes era oculto
Agora é a liberdade
Antes era o tempo
Agora não se sabe

E a roda, roda
E roda
E roda a roda.

Leandro Magrani

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Meta Poética

Não há o que não inspire o poeta,
Desde que a inspiração na seja a meta,
Pois não se chega à inspiração
Ela, sim, vem à mente e ao coração.

Basta ficar atento e sempre alerta,
Deixar a mente livre e aberta
E sentir tudo e toda sensação;
Do cair da pena à erupção do vulcão.

E se a inspiração for de verdade
Simples, objetiva e bela
Livre de qualquer maldade

O poeta a escreverá com lealdade
Sobre ao que ele se revela
Com o fervor de toda a expressividade.

Leandro Magrani

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Aos dois lados

Abro uma garrafa de vinho
Encho a minha taça
Brindo a tua existência
E o sabor da nossa essência.

Oh! Bruxa que encanta a minha arte!
Que de minha história e de mim
Faz muito mais que uma parte.

Eu me reparto em poesia e magia
Para ser o que nós somos;
Uma junção da noite e do dia.

Metades de um mesmo dobrão,
Muito mais do que a razão
Quanto mais que a emoção;
Metades de um mesmo dobrão.

Leandro Magrani

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O nosso tempo

Muitas luas já passaram
E eu ainda penso em teus pensamentos.
Muito tempo já passou
E eu ainda penso no nosso tempo.

Como nas vezes que eu parei
Só para te ver passar,
Eu também passei
Para você me notar.

Às vezes parece que o tempo não passou,
Por muitas que ele não parou,
Mas ele não para e passa,
Diferente de mim que paro eu não passo.

E o hoje o tempo trouxe
Saudades de um tempo
de que era nosso
O nosso tempo.

Leandro Magrani

Réu confesso

Trago-te rosas
E roubo-te um beijo.

Dou-te um beijo
E roubo o teu coração.

Dou-te o meu coração
E roubo a tua atenção.

Escrevo-te poemas
E roubo-te a ilusão.

Entrego-te a verdade
E roubo-te a solidão.

Entrego-me a ti
Roubo-te para mim.

Leandro Magrani

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Salto à imensidão

Em queda livre
E para quedas livres
Sem paraquedas,
Vou me jogar.

Do alto deste prédio,
Do alto dos meus pensamentos,
Do alto dos meus sentimentos,
Vou me jogar.

Onde vou cair?
Como vou cair?
Não sei e
Vou me jogar.

Mas com o frio na barriga,
O tremer dos lábios,
E os teus olhos a me olhar,
Vou me jogar.

Porque vou me jogar,
Sem medo do que foi,
Sem medo do que virá,
Vou me jogar.


Leandro Magrani