Eu achei que não me machucaria mais, achei que não me machucariam, pois já o tinham feito antes.
Não nego as minhas marcas e as minhas cicatrizes, mas com as feridas secas e depois das cascas grossas veio a pele nova - ainda sensível -, mas que foi cuidada para quaisquer possíveis feridas e tão bem cuidada que, mesmo marcada, eu acreditei que não mais sentiria dor.
Por ingenuidade, por acreditar demais ou simplesmente por ser um bêbado com alma de poeta ou, como é para muitos, um poeta com espírito de bêbado, acabei reencontrando uma imagem do passado: branco e com os olhos fundos diante do espelho, olhos estes que tiveram a sua fundura mais acentuada devido a uma certa vermelhidão causada pela irritação das minhas cachoeiras lacrimais.
E nessa madrugada, ouço o chacoalhar da poeira daquilo que um dia viveu em mim.
Quem sabe, quando a chuva vier, virarei lama e da lama ao barro eu poderei recriar uma vaso novo!
Leandro Magrani
Que sejam bem-vindos aqueles que apreciam poesia! Certa madrugada, encontravam-se quatro amigos discutindo literatura e expondo os seus pensamentos nada ébrios! Eis que pretensiosamente surge a ideia de que o pequeno, porém fervoroso, grupo expusesse seus devaneios concretos! E assim, nascia A Boca Que Pariu! Dedicado à Isabel Jerônimo, Adriano Fecher e o saudoso, mas sempre presente, José Marcos. Estamos na Rede! “O prazer engravida, mas só a dor faz parir.” Ruben Alves
Entre e descubra-nos!
"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli
2 comentários:
Cada dia você se supera mais...lindo esse! :)
As vezes me sinto dentro dos seus poemas!!
Cada dia que passa gosto mais de passar por aqui!!
Postar um comentário