Em uma quimera real,
Eu caminhava ao esmo
Sem saber aonde chegaria.
Percebi que tinha passado
Por vários Vales...
Senti vertiginosas sensações
Em cada um pelos quais passei.
No Vale do Medo,
Senti medo de ter medo
Por tê-lo visto em mim.
No Vale da Embriagues,
Senti-me ébrio e entorpecido,
Indo da euforia à melancolia.
No Vale da Dor,
Feri minhas feridas
Não cicatrizadas.
No Vale do Esquecimento,
Esqueci-me de mim mesmo
E me perdi.
No Vale das Mãos,
Agarrei-me àquelas
Que foram estendidas a mim.
E fui guiado e deixe-me guiar
Sem saber aonde deveria ir.
Surpreendido eu fui,
Não pelos caminhos,
Nem para aonde me levaram,
Mas por quem fui levado.
Os distantes mais próximos
Permitiram que eu me reaproximasse,
E agora vejo o quanto valem os Vales!
Valorosa tornou-se a minha caminhada,
Pois cada Vale pelos quais passei
Ensinou-me a valorar o invalorável.
Ao acordar, vi que logo adiante
Estava o brilho do ouro
Do Eu-Dourado!
Leandro Magrani
Que sejam bem-vindos aqueles que apreciam poesia! Certa madrugada, encontravam-se quatro amigos discutindo literatura e expondo os seus pensamentos nada ébrios! Eis que pretensiosamente surge a ideia de que o pequeno, porém fervoroso, grupo expusesse seus devaneios concretos! E assim, nascia A Boca Que Pariu! Dedicado à Isabel Jerônimo, Adriano Fecher e o saudoso, mas sempre presente, José Marcos. Estamos na Rede! “O prazer engravida, mas só a dor faz parir.” Ruben Alves
Entre e descubra-nos!
"Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais!" Fernando Anitelli
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